GOLD11 sobe 5%: Retomada apesar de fraqueza

 

Imagem: freepik

O GOLD11, nome completo Trend ETF LBMA Ouro Fundo de Investimento em Cotas de Fundo de Índice de Investimento no Exterior, é um ETF brasileiro lançado em 11 de dezembro de 2020 pela XP Investimentos, sob a marca Trend ETFs. Seu objetivo central é replicar o desempenho do preço do ouro no mercado internacional, acompanhando o índice LBMA Gold Price (London Bullion Market Association), referência global para o preço spot do ouro.

Diferenciando-se dos fundos tradicionais lastreados em contratos futuros na B3, o GOLD11 proporciona exposição direta ao ouro físico armazenado em cofres na Europa. Tal característica faz dele um veículo mais "puro" para investidores brasileiros interessados em diversificação e hedge contra inflação, desvalorização do real e volatilidade cambial. Trata-se de um fundo de gestão passiva, com taxa de administração baixa (aproximadamente 0,3% ao ano) e negociado na B3 como uma ação comum. Desde o lançamento, acumulou patrimônio superior a R$ 1 bilhão sob gestão em 2025, impulsionado pela valorização global do ouro.

O histórico de desempenho do GOLD11 reflete as oscilações do metal: alta de cerca de 10% em 2021 na recuperação pós-pandemia; queda em 2022 devido à elevação dos juros globais; e forte valorização entre 2023 e 2025, quando acumulou mais de 60% de ganhos até outubro de 2025, motivado pela busca global por ativos considerados seguros.

Noticiário Recente sobre o GOLD11 (Outubro–Novembro/2025)

• ·       12/11/2025: O ouro segue em alta, acompanhado de outros metais como prata e platina, impulsionado pela demanda de bancos centrais por reservas. Analistas da XP destacam o GOLD11 como alternativa acessível para exposição ao ouro no Brasil.
• ·       10/11/2025: Ouro atinge o maior valor em duas semanas, reflexo de dados econômicos fracos nos EUA e expectativa de novo corte de juros pelo Fed. O GOLD11 fecha em alta de 1,88%, cotado a R$ 22,71.
• ·       21/10/2025: Lançamento do Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3) pela B3, inspirado na "corrida pelo ouro". Esse novo contrato futuro deve aumentar a liquidez de ETFs como o GOLD11, que já movimentou R$ 4 bilhões no ano.
• ·       07/10/2025: Pela primeira vez, o ouro ultrapassa US$ 4 mil por onça, em meio ao shutdown do governo dos EUA e expectativas de cortes de juros. O GOLD11 acumula +30% no ano, negociado a R$ 22, com projeções otimistas de alcançar R$ 28.
• ·       14/10/2025: Relatório da XP destaca ETFs como o GOLD11 como refúgio em meio às eleições americanas e tensões globais.
• ·       Outros destaques: Vídeo viral no YouTube explica como investir em ouro via GOLD11, e relatórios de agosto mostram R$ 4 bilhões negociados no ETF, com forte presença de investidores de varejo e estrangeiros.

Movimentação Recente (7–12 de Novembro de 2025)

Nos últimos cinco dias, o interesse pelo GOLD11 disparou, acompanhando a valorização global do ouro, que subiu mais de 2,8% na semana, alcançando US$ 4.106 por onça em 10 de novembro — maior patamar em duas semanas. O ETF brasileiro acompanhou o movimento, com alta de 5% na semana e fechamento em 12 de novembro a R$ 22,91 (mínima de R$ 22,69 e máxima de R$ 22,93), apresentando variação diária de -0,79%.

Análise Técnica (12/11/2025)

• ·       MACD (12, 26, close): Valor de -0,06, com linha MACD em 0,12 e sinal em 0,18. Indica perda de momentum de alta frente aos picos recentes (divergência bearish moderada), mas o histograma apresenta barras verdes, sugerindo possível retomada de força compradora no curto prazo.
• ·       SAR Parabólico (0,02, 0,02, 0,2): Posicionado em 21,92 (abaixo do preço atual), reforçando viés de alta de médio prazo.
• ·       Níveis-chave:
• ·       Resistência imediata: R$ 23,00 (topo de outubro)
• ·       Suporte: R$ 22,45 (média móvel de 50 períodos estimada)
• ·       Alvo otimista: R$ 25,00 (projeção Fibonacci, movimento de setembro a novembro)

Fatores que Impulsionaram o Mercado

·       Expectativa de corte de juros pelo Fed: Dados econômicos fracos nos EUA (emprego e inflação abaixo do esperado) alimentaram apostas em redução de taxas em dezembro, tornando o ouro mais atrativo como refúgio e impulsionando compras, com alta de 2,55% apenas em 10/11.

·       Demanda de bancos centrais e liquidez global: Bancos centrais de países como China e Índia continuam acumulando ouro para diversificação de reservas, enquanto o excesso de liquidez global favorece ativos como ouro e IA. O metal já acumula alta de 60% em 2025, melhor desempenho desde 1979.

·       Liquidez e menções no varejo: O volume do GOLD11 ultrapassou R$ 100 milhões em dias-chave, sendo incluído em carteiras modelo (exemplo: 10% de alocação em ouro junto a IVVB11 e DIVO11). Sua resiliência frente à baixa do BTC também atrai investidores interessados em hedge contra volatilidade.

Resumo e Considerações Finais

O GOLD11 consolidou-se como instrumento preferido para proteção em tempos incertos, acumulando alta de 5% na semana, com sinais técnicos de possível retomada de força compradora, apesar de alguma fraqueza momentânea na divergência do MACD. É considerado um ativo de alta convicção para diversificação, recomendando-se alocação de 5% a 10% da carteira. 

Aviso Legal

Esta análise não constitui uma recomendação de compra ou venda de ativos. As informações apresentadas são apenas para fins informativos, e me isento de qualquer responsabilidade por decisões de investimento relacionadas aos ativos mencionados.