Faz sentido pausar investimentos durante a faculdade?
Recentemente, recebi uma consulta de um jovem de 19 anos que trabalha há seis meses na área de engenharia civil, com salário bruto pouco acima de R$ 4 mil, investindo cerca de R$ 800 por mês e com uma reserva de emergência de R$ 4.200. Ele passou no vestibular para Engenharia Civil no Mackenzie, com bolsa, mas agora esses R$ 800 mensais terão que ser direcionados à faculdade. A dúvida é: vale a pena redirecionar os aportes para a formação superior pelos próximos cinco anos, ou manter os investimentos em renda fixa e variável?
Em minha opinião, sim, faz todo o sentido priorizar a faculdade como um investimento prioritário, mas sem abandonar completamente os aportes financeiros. A própria graduação em Engenharia Civil representa um dos melhores retornos possíveis: dados recentes indicam que o salário médio de um engenheiro civil no Brasil gira em torno de R$ 9.000 a R$ 13.000, dependendo da fonte e da experiência, o que representa um significativo aumento em relação à renda atual sem diploma. Investir na educação superior é, muitas vezes, o caminho mais rentável a longo prazo, pois eleva substancialmente a capacidade de geração de renda futura.
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No entanto, acredito firmemente que você deve continuar investindo, nem que sejam os R$ 100 ou R$ 200 por mês que mencionou. Pode parecer pouco, mas é infinitamente melhor do que zerar os aportes. Na vida, dançamos conforme a música que toca: a faculdade é um investimento essencial em si mesma, mas manter a disciplina financeira evita interrupções desnecessárias no hábito de investir, que pode levar a recomeços difíceis no futuro.
Os cinco anos de curso passarão de qualquer forma. Ao final, com o diploma em mãos, sua renda provavelmente aumentará de forma expressiva, permitindo aportes muito maiores – possivelmente ainda antes dos 30 anos, meta que você traçou para comprar um apartamento. Alcançar esse objetivo exatamente aos 30 ou pouco depois não será um fracasso; o importante é conquistar metas sólidas e sustentáveis.
Enquanto isso, foque em otimizar o orçamento: elimine gastos supérfluos em todos os níveis, desde lanches e refeições externas até escolhas cotidianas como produtos de higiene com melhor custo-benefício. Use a inteligência financeira para preservar aportes mensais consistentes, sem falhas. Essa disciplina será recompensada com juros compostos ao longo do tempo.
Resumo conclusivo: Priorize a faculdade como investimento de alto retorno em sua carreira, mas mantenha aportes mínimos (R$ 100-200/mês) para preservar a disciplina financeira. Corte gastos desnecessários, pois os cinco anos passarão rapidamente e, com o diploma, sua renda crescerá, acelerando objetivos como a compra de um apartamento antes ou aos 30 anos.
Importante: Este texto reflete minha opinião pessoal baseada em experiências e dados gerais do mercado. Não constitui recomendação de compra, venda ou investimento em qualquer ativo financeiro. Consulte profissionais qualificados para decisões personalizadas.
Boa sorte nos estudos e nos investimentos!

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